quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Relator apresenta nesta quarta conclusões da CPI do Cachoeira

Relatório de Odair Cunha inclui pedido de indiciamento de Perillo e mais 45, ficou claro a blindagem de agentes políticos do PT e PMDB, e o direcionamento para prejudicar integrantes da oposição.Documento deverá ser aprovado antes de ser enviado ao Ministério Público.

Entre as recomendações do relatório de Odair Cunha, estará o pedido de indiciamento de 46 pessoas, entre as quais o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o ex-senador Demóstenes Torres, o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), e o dono da construtora Delta, Fernando Cavendish.

O ato de indiciar significa oficializar que há indícios de irregularidades contra determinada pessoa. Com base nesses indícios, o Ministério Público pode denunciar os suspeitos e abrir uma ação penal. Governadores e parlamentares, porém, só podem ser indiciados com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF), respectivamente.

Em seu depoimento a CPI, em junho, Perillo negou influência de Cachoeira em sua administração. Nesta terça (20), o governador reagiu à informação de que a CPI iria pedir seu indiciamento, dizendo que está sendo vítima de uma briga política. "O fórum para se investigar governadores é o STJ, o Superior Tribunal de Justiça. Lá, não tem politicagem, lá não há direcionamento, as análises que são feitas, e as investigações, são técnicas. Eu mesmo pedi para o STJ me investigar", afirmou Perillo.

Leréia, Demóstenes e Raul Filho

O relatório pede ainda o indiciamento do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e do ex-senador pelo DEM, Demóstenes Torres, cujo mandato foi cassado em julho.
A CPI recomendou também o indiciamento do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), que apareceu em um video conversando com Cachoeira. O advogado de Demóstenes Torres disse que a CPI tem conteúdo político e que espera o julgamento na Justiça. Leréia e Raul Filho não se pronunciaram.

Procurador-geral

O relatório da CPI também analisa a atuação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no caso da operação Vegas, da Polícia Federal. Em 2009, a Vegas levantou os primeiros indícios do envolvimento de Cachoeira com políticos e empresários.
Odair Cunha deixou de fora da lista de indiciados o governador petista Agnelo Queiroz (DF). Havia a suspeita de que Agnelo teria favorecido a quadrilha de Cachoeira em um negócio relacionado à coleta de lixo. Mas, de acordo com o relator, a quadrilha não conseguiu ser beneficiada pelo governo do Distrito Federal.

Delta e Cavendish

O relatório também parte específica sobre a construtora Delta, uma das maiores contratadas do governo federal em obras de infraestrutura. A empresa é suspeita de repassar recursos para empresas fantasmas ligadas a Cachoeira, supostamente para doação ilegal a campanhas eleitorais e pagamento de propina a agentes públicos.

CPI SE TRANSFORMOU EM BRIGA POLÍTICA

Odair Cunha, um deputado do PT de Minas Gerais, transformou a CPI em politicagem, claramente com intenção de prejudicar integrantes do PSDB, e favorecer integrantes da base aliada de Dilma, PT e PMDB.

Três governadores citados no esquema de Cachoeira foram cogitados para depor à CPI: o tucano Marconi Perillo, de Goiás, o petista, Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, e o PMDBista Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro.

Mensagem que sugere blindagem do governador do Rio foi enviada pelo celular do deputado do PT durante a CPI do Cachoeira

Enquanto os parlamentares discutiam convocar os governadores - o que não aconteceu - o deputado federal Cândido Vaccareza, do PT, ex-líder do governo no Congresso, manda uma mensagem pelo celular ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

"A relação com o PMDB vai azedar na CPI, mas não se preocupe, você é ´nosso´ e nós somos ´teu´”. Seria um aviso de que a convocação de governadores na CPI pode rachar a base de apoio que tem o PMDB e o PT com os principais pilares de sustentação. Minutos depois, Vaccarezza vai até o relator da CPI, o deputado Odair Cunha, também petista, e cochicha algo.

Ao final Sérgio Cabral que teria relações íntimas com o dono da construtora Delta não foi convocado. E no relatório final Agnelo Queiroz, governador do DF não foi indiciado.

Outro fato que confirma o direcionamento por parte da CPI foi uma gravação de um vídeo, onde o Deputado Federal goiano Rubens Otoni (PT) aparece supostamente recebendo doação de R$200.000 (Duzentos Mil Reais), do bicheiro Carlos Cachoeira, o deputado sequer foi ouvido na CPI.

No primeiro diálogo da filmagem, de 1 minuto, Cachoeira oferece ao parlamentar R$ 100 mil, além de insinuar que já havia contribuído com o mesmo valor em uma outra oportunidade: "Como toda campanha eu te dou", diz o bicheiro a Otoni. No segundo momento, Otoni afirma que a quantia não pode aparecer, no que o bicheiro responde: "Os R$ 100 mil você não declara, não". O deputado concorda e responde que “claro que não”. A quantia em questão de fato não foi declarada ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Por esse tipo de comportamento, percebe-se que essa CPI não merece o mínimo de credibilidade.

Muitos comentam que essa CPI foi criada para abafar o julgamento do MENSALÃO PETISTA, no qual o ex-presidente LULA possível chefe da quadrilha sequer foi investigado.

Um comentário:

  1. A única coisa que tinham contra Cabral era a relação pessoal com Cavendish.

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