Governador Marconi Perillo aumenta imposto sobre Combustíveis

Os donos de veículos em Goiás pagarão a conta da recuperação das rodovias do Estado, que foram prejudicadas pelas fortes chuvas dos últimos dois meses. Para reforçar o caixa em R$ 8 milhões mensais e conseguir recuperar a malha viária, o governo estadual alterou a base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações internas do óleo diesel, etanol e gasolina. O governo criará um fundo específico para gerir os recursos.
Com o imposto mais alto a partir de hoje, os postos preveem que a gasolina pode ficar até R$ 0,11 mais cara e o preço do álcool deve subir mais R$ 0,05 nas bombas.
De acordo com a Secretaria da Fazenda, o que houve foi o fim do benefício de redução da base de cálculo do ICMS, previsto no decreto 7.227 do governador, publicado no suplemento do Diário Oficial do Estado no dia 25 deste mês.
Com a redução do benefício, a carga tributária da gasolina e do álcool carburante sobe de 26% para 29%, a do etanol passa de 20% para 22% e o imposto sobre o óleo diesel aumenta de 12% para 13,5%.
Os preços dos combustíveis também devem sentir o impacto do aumento do valor da pauta de referência usada para o cálculo do ICMS. Com isso, a estimativa do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado (Sindiposto) é que o preço da gasolina suba de R$ 2,79 para R$ 2,90 e do álcool, de R$ 1,99 para R$ 2,05.
Para Leandro Lisboa,presidente do Sindiposto, o governo deveria ter consultado a classe, porque uma medida assim acaba incentivando a sonegação. "Estamos na contramão de outros Estados, como São Paulo, que reduziu a carga tributária. Esse não é o caminho para o aumento da arrecadação, pois se as vendas caem, ela também cai". Ele lembra que a redução de impostos sobre os combustíveis foi uma promessa de campanha do governador Marconi Perillo, que autorizou o reajuste apenas dois meses depois de tomar posse.